- Como funciona o consórcio?
- 3 principais tipos de consórcios
- Como fazer parte de um consórcio?
- Como ser contemplado(a) no consórcio?
- Como funciona o lance no consórcio?
- Qual a taxa de juros de um consórcio?
- Qual a diferença entre consórcio e financiamento?
- Consórcio é investimento?
- “Gostei do que li até aqui: quero saber como fazer um consórcio”
- “Agora, como vender um consórcio não contemplado?”
Se você está se perguntando o que é consórcio, a resposta é simples: consórcio é a reunião de um grupo de pessoas que pagam, periodicamente, determinado valor para que todos consigam comprar um bem ou alcançar uma meta.
Cada consorciado paga uma parcela mensal para participar do grupo e tem uma cota de participação.
As parcelas pagas mensalmente formam o que é chamado de “fundo comum” e, a partir dele, são geradas as cartas de crédito, usadas para a contemplação de novos integrantes sorteados a cada mês – que será a pessoa que poderá comprar o bem desejado com o valor do fundo, desde que ele esteja dentro da categoria escolhida coletivamente.
Por exemplo, um grupo de pessoas em um consórcio imobiliário terá um fundo comum para a compra ou reforma de imóveis, e cada carta de crédito extraída desse fundo será entregue aos sorteados no mês até que todos sejam contemplados.
Assim, cada consorciado consegue comprar ou reformar seu próprio imóvel!
Dentre os consórcios mais comuns, além do imobiliário, estão os de veículos e os voltados para investimento. A modalidade não cobra juros, apenas uma taxa de administração para que a administradora cubra seus custos com o gerenciamento de todos os envolvidos e do dinheiro também.
Entenda mais durante a leitura deste artigo.
Como funciona o consórcio?
Um consórcio é formado por um grupo de pessoas físicas ou jurídicas que se unem para alcançar um objetivo específico que tenham em comum, como comprar um carro ou uma casa. Nele, cada consorciado paga um valor mensal para participar do grupo e espera ser contemplado, com o valor do bem desejado através de sorteio.
A quantia mensal paga por cada integrante faz parte da sua cota e todos se comprometem a pagar suas respectivas parcelas todos os meses até que quitem o total combinado em contrato.
3 principais tipos de consórcios
Desde que surgiu em 1961, na cidade de Brasília, a modalidade se popularizou e diversos tipos de consórcios foram criados. Confira os principais!
1. Consórcio de veículos
Envolve um grupo formado com a intenção de comprar um carro novo ou mesmo usado, composto por pessoas que não possuem o valor em conta para fazer a negociação à vista, com poder de barganha e usando única e exclusivamente seus próprios recursos.
2. Consórcio imobiliário
Como no caso de um carro, aqui, as pessoas do grupo se reúnem para comprar um imóvel, como um apartamento, uma casa, um escritório ou loja, dentre outros. Existe também a possibilidade de se conseguir um terreno, bem como reformar e construir com prestações sem juros.
Nesse caso, inclusive, cada consorciado pode até utilizar o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para fazer lances e ser contemplado mais rápido.
3. Consórcio de serviços
Menos conhecido, o consórcio de um serviço pode ser usado para alcançar objetivos de outras naturezas, como fazer uma festa de casamento, uma viagem ou um tratamento estético.
Consórcios não são limitados a veículos ou imóveis e o objetivo do grupo muda conforme os desejos de quem o compõe e tudo o que estiver estipulado em contrato. Os prazos de pagamento das parcelas desse tipo de consórcio variam de acordo com a administradora.
Como fazer parte de um consórcio?
Para fazer parte de um consórcio, você precisa entrar em contato com uma corretora que seja referência na sua região. Confie apenas nas corretoras de consórcio credenciadas a administradoras reconhecidas e aprovadas pelo Banco Central.
Depois de escolher quem vai cuidar do seu consórcio, será necessário apresentar alguns documentos para fazer parte do grupo, mas a modalidade é bem menos burocrática do que o financiamento, por isso, pode ficar tranquilo(a)!
Apenas tenha em mente que o valor das parcelas e do crédito disponível mudam, pois tudo depende da meta desejada.
Como ser contemplado(a) no consórcio?
Todos os meses, são sorteadas algumas cartas de crédito entre todas as pessoas do mesmo grupo de consórcio. A contemplação acontece quando um consorciado recebe o crédito para comprar o bem ou fazer o investimento que planejava ao optar pela modalidade. Esse consorciado se torna, então, um contemplado.
Tanto o contemplado quanto as demais pessoas do grupo que não foram sorteadas, continuam pagando suas parcelas mensais, e os não contemplados aguardam até que seja a vez deles de receber a carta de crédito para atingir suas metas.
Além da contemplação por sorteio, também existe a possibilidade do “lance”, e você vai conhecê-la em detalhes adiante.
Como funciona o lance no consórcio?
Se desejar, o consorciado pode fazer um lance, desde que esteja com as suas parcelas pagas em dia. Esse recurso pode ser usado na tentativa da pessoa de antecipar sua contemplação e, assim como em um leilão, a melhor proposta vence e, portanto, quem der o maior lance ganha o crédito do mês.
O valor do lance só é debitado do saldo devedor do consorciado se ele for contemplado na operação.
Não existe um valor limite para apresentar, mas o contrato entre consorciado e administradora de consórcio pode definir regras a respeito de um valor mínimo. Tanto o número de lances quanto de sorteios vai depender dos recursos disponíveis no fundo comum, pois o grupo precisa ter saldo para honrar a carta de crédito.
Com ou sem essa alternativa, vale lembrar que o consórcio é uma alternativa isenta de juros.
Qual a taxa de juros de um consórcio?
A taxa de juros de um consórcio é zero. Não existe cobrança desse tipo na modalidade, e consorciados precisam arcar apenas com uma taxa administrativa mensal. Essa taxa é calculada com base no valor da carta de crédito e diluída nas parcelas que devem ser pagas por cada pessoa do grupo.
Algumas administradoras de consórcio também podem cobrar uma taxa de adesão, por isso, estude bem suas opções ao fechar negócio.
Ainda assim, o consórcio costuma valer mais a pena do que o financiamento, especialmente para quem não vê pagamentos à vista de bens como uma possibilidade, mas não quer se endividar e tem algumas urgências importantes.
Financiamentos, apesar de “saírem” mais rápido, trazem um custo total muito maior do que a meta pretendida realmente custa, seja ela comprar um carro ou uma moto, reformar um imóvel ou investir, por exemplo.
Qual a diferença entre consórcio e financiamento?
Além de não ter juros, o consórcio não exige nenhum tipo de entrada. Por outro lado, o financiamento já entrega o bem nas mãos da pessoa que contrata a modalidade, sem ela precisar esperar ser contemplada.
É verdade que, se você tiver sorte e for sorteado(a), talvez nem precise aguardar tanto tempo assim para conseguir exatamente o que você quer, mas há a possibilidade de se chegar até o final do consórcio sem ser contemplado e receber o valor só no fim do investimento.
O custo do consórcio certamente será menor do que o valor total pago em um financiamento, mas, para quem tem pressa, o financiamento pode parecer mais vantajoso.
E, por último, mas não menos importante, vale ponderar se é melhor ficar por um bom tempo pagando as parcelas com juros altos depois, apesar de ter o bem em mãos ou se, para a sua realidade, o ideal é arcar somente com aquilo que cabe no bolso e ter um pouco mais de paciência.
Afinal, ao ser contemplado(a), você poderá realizar a compra à vista do seu bem – e possivelmente com descontos! – ou aplicar o dinheiro, ganhando muito mais em retorno.
Consórcio é investimento?
Sem dúvidas, o consórcio pode ser considerado um investimento. Para começar, ele não é uma dívida e, além de não cobrar juros nem entrada, dá ao consorciado a garantia do poder de compra, porque o valor da carta de crédito é reajustado todos os anos e o índice de reajuste segue o que estiver acordado em contrato.
Isso significa que, mesmo não sendo contemplado, o consorciado (que, nesse caso, é um investidor) termina de pagar a cota devida e recebe, de qualquer forma, a sua carta de crédito.
Tudo com os valores atualizados, observando a variação monetária do período e a inflação!
“Gostei do que li até aqui: quero saber como fazer um consórcio”
Existem três formas de fazer um consórcio e elas foram listadas abaixo para você conhecê-las.
- Buscando um grupo já formado ou em formação em que existam cotas vagas
- Ocupando o lugar, em um grupo já existente, de um cotista que desistiu
- Comprando a cota de um participante por meio de transferência
Seja qual for o seu caso, lembre-se de fazer o consórcio apenas com uma corretora credenciada a uma administradora aprovada pelo Banco Central.
Você precisará ter, estipulados com bastante clareza em contrato, os valores das parcelas que deverá pagar, o valor mensal cobrado pela taxa administrativa e o montante total do fundo de reserva.
Também será necessário também acertar todos os pagamentos em dia para participar dos sorteios e, consequentemente, ter acesso à carta de crédito. Se desejar, você consegue antecipar seu saldo devedor pagando as parcelas antes do vencimento.
Quitou todas as parcelas antes do prazo?
Isso não garante o direito à contemplação imediata, pois ela vai depender das regras de contemplação estabelecidas no contrato, mas você já tem a garantia de que, na hora que receber o dinheiro para alcançar a sua meta, usufruirá apenas dos benefícios da contemplação – sem mais nenhum tipo de preocupação!
Não pagou todas as parcelas, mas foi contemplado?
Você deve continuar acertando os valores devidos até quitar tudo o que ficou definido em contrato e encerrar sua participação no grupo.
Ao ser contemplado, você vai usar o valor da carta de crédito para comprar o bem que deseja, investir ou fazer outro tipo de negociação que esteja nos seus objetivos.
Se a negociação tiver um valor menor do que a carta de crédito, o restante pode ser usado para quitar as próximas parcelas do consórcio e, se tiver valor maior, o que falta pode ser colocado por você em separado.
A carta de crédito não tem prazo para ser usada e, após a contemplação, o valor referente a ela é investido em uma aplicação autorizada pelo Banco Central, ou seja, continua rendendo.
Qualquer consorciado só precisará sacar o valor corrigido, mesmo não tendo prazo para fazê-lo, se acontecer o encerramento do grupo ao qual ele pertence.
“Agora, como vender um consórcio não contemplado?”
Para que a venda de um consórcio não contemplado aconteça, é necessário que o comprador pague, à vista, o valor já pago pelo antigo cotista. Depois da venda, o comprador recebe a transferência da cota e assume o compromisso do pagamento das parcelas que faltam.
Também é possível comprar cotas já contempladas, desde que seja de desejo do cotista vender a sua carta de crédito e que essa possibilidade esteja prevista no contrato do consórcio.
Entre em contato com uma corretora confiável, com uma equipe qualificada e pronta para transformar o seu sonho em realidade, acompanhando todas as etapas que envolvem a modalidade, desde o fechamento do negócio até a contemplação da carta de crédito, e apure outras informações!
Deixe seu comentário ou dúvida